Esta é a primeira operação de fiscalização ambiental integrada em que são observadas as questões relativas à pesca. Até o final de 2010, as ações estavam a cargo do Instituto Estadual de Florestas (IEF). Com a criação, em janeiro de 2011, da subsecretaria de Controle e Fiscalização Ambiental Integrada, estrutura da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), foram concentradas as ações que antes eram executadas pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), IEF e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).
Segundo o diretor de Fiscalização da Pesca da Semad, Marcelo Coutinho Amarante, um dos maiores impactos ambientais da região está na pesca predatória. “Iremos observar o comércio de pescado, verificando o tamanho e a origem dos peixes, bem como serão feitas ações embarcadas nos diversos rios da região para descobrir pescadores sem autorização e o uso de petrechos que não são permitidos pela legislação”, afirma.
Os fiscais também investigam possíveis pontos de desmatamento que haviam sido previamente identificados por satélites que realizam o monitoramento da cobertura vegetal do Estado. Os locais apontados podem ter sido alvo de supressão de vegetação além do informado pelos proprietários no momento da solicitação da autorização junto aos órgão ambientais governamentais. Munidos de mapas nos quais estão assinalados os os locais, os fiscais buscam os pontos indicados para comprovar as irregularidades.
“Também estão sendo observados possíveis usos irregulares de recursos hídricos”, explica o coordenador da operação, o diretor de Fiscalização dos Recursos Florestais e Biodiversidade da Semad, Bruno Zuffo Janducci. “Na região, as irregularidades mais comuns podem ser captações irregulares de água para uso em irrigação sem autorização do Igam”, afirma.
A operação ´Pirá' reúne 16 técnicos do Sisema e 36 integrantes da Polícia Militar de Meio Ambiente. Durante toda a semana, os fiscais percorrerão os municípios de Buritis, Riachinho, Pintópolis, Santa Fé de Minas, São Romão e Urucuia. O nome da operação é uma referência à espécie de peixe que está ameaçada de extinção e é um dos símbolos do rio São Francisco.
Emerson Gomes
Ascom / Sisema