Dados do Programa Ambientação demonstram que 600 toneladas de resíduos são geradas, em média, por ano, na Cidade Administrativa (CA). Desse total, mais de 200 toneladas são enviadas para reciclagem, representando um percentual de aproximadamente 30%. O trabalho envolve 183 pessoas das três associações e cooperativas, que realizam o recolhimento dos resíduos na CA. Os trabalhadores são beneficiados pela reciclagem e, consequentemente, pela renda gerada com a venda desses materiais. De acordo com informações das associações e cooperativas, a renda total gira em torno de R$ 66 mil por ano.
O Programa Ambientação atua no incentivo de consumo consciente da folha de papel A-4, por meio de campanhas de sensibilização, gerando uma economia significativa de papel no Sisema. Essa medida contribui para o aumento da vida útil da folha de papel A-4 com o reaproveitamento na confecção de blocos de anotações. Outra finalidade desse trabalho é o encaminhamento de papéis para associações de catadores de material reciclável.
O gestor ambiental Leandro Rocha ressaltou que “uma das vantagens desse trabalho é a adesão de práticas ecológicas corretas, quanto ao consumo consciente do papel, incentivando a minimização de uso desse recurso, além de alternativas para o aumento da vida útil do papel e reciclagem”.
O Programa Ambientação, com a mudança do Sistema Estadual de Meio Ambiente para a Cidade Administrativa, em fevereiro de 2010, iniciou um trabalho de sensibilização com os servidores e prestadores de serviços cujas ações focaram a coleta seletiva. Um dos objetivos dessa iniciativa foi definir ações e procedimentos com o intuito de possibilitar a gestão de resíduos na CA. No mês de outubro do mesmo ano, foi feito um trabalho de caracterização dos resíduos e, em seguida, a avaliação da composição gravimétrica, que traduz o percentual de cada componente em relação ao peso total dos resíduos analisados. Na oportunidade, constatou-se que 83% dos resíduos apurados eram papel.
Um dos reflexos desse tipo de iniciativa é a economia no uso do papel com a reutilização de papel A4, na confecção de blocos e na quantidade de folhas utilizadas nas impressoras devido às impressões automáticas frente e verso e confirmação da impressão no equipamento.
Foto: Divulgação Ambientação
O papel triado é enviado para a Imprensa Oficial de MG, por meio de parceria, onde os blocos são confeccionados
Os blocos são confeccionados por meio de uma parceria com a Imprensa Oficial de Minas Gerais. São enviados papéis que podem ser reutilizados e distribuídos para todas as instituições na CA, de acordo com o número de blocos gerados no mês. Leandro salienta ainda que “além do ganho dos colaboradores com os blocos, há o ganho ambiental uma vez que não comprar papel virgem, gera economia de recursos como madeiras, água, energia entre outras matérias prima”.
Segundo a coordenadora das atividades da Fundação Israel Pinheiro (FIP), na Cidade Administrativa, Ana Santiago, “em 2014 houve uma redução mensal média de 14,39 folhas por pessoa em relação do consumo de 2013. Isso representa uma redução de aproximadamente 200.000 folhas por mês, no consumo de papel disponibilizado nas ilhas de impressão”.
Outro ponto é a compensação financeira com o trabalho e geração de renda às Associações dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável (Asmare), Cooperativa de Materiais Recicláveis de Ribeirão das Neves (Comarrin), Associação de Recicladores e grupos Produtores da Vila Esportiva e Região (Coopervesp). “O papel sem contaminação com outros materiais vale ouro para as associações”, enfatizou Leandro.
Ângela Almeida
Ascom/Sisema