Os vencedores do sétimo ciclo do PMGA são a AngloGold Ashanti – Córrego do Sítio de Mineração, a Cenibra – Celulose Nipo Brasileira e a FIAT Automóveis. Apenas são premiadas as organizações instaladas em Minas Gerais que praticam um modelo de gestão ambiental sistêmico, capaz de gerar qualidade de vida dentro e fora de suas instalações, que leve ao sucesso nos negócios em quaisquer mercados, além de se tornarem respeitados promotores da sustentabilidade global.
Diferente de outras premiações, o Prêmio Mineiro de Gestão Ambiental reconhece uma única classificação, ou seja, a de vencedores (sem 1º, 2º e 3º lugar), pois entende que as organizações que alcançam a pontuação necessária para vencer fazem parte de um grupo seleto com resultados ambientais de alto desempenho. Desta forma, podemos ter uma ou mais organizações vencedoras. Outro aspecto importante é o fato de que as empresas não competem entre si. Todas começam com 500 pontos e, à medida que vão apresentando lacunas com relação à metodologia, vão perdendo pontuação. Com isso, podemos ter organizações de diferentes portes e de diferentes setores de atuação concorrendo em um mesmo ciclo de avaliação. Desde 2006, já foram premiadas 24 empresas, uma média de três por ano.
O objetivo do Prêmio é despertar nas empresas mineiras a busca pela melhoria contínua da gestão ambiental, aperfeiçoando a utilização dos recursos naturais e promovendo a disseminação de ações inovadoras e diferenciadas, voltadas para a sustentabilidade e os seus reflexos na qualidade de vida das comunidades e nas questões ambientais globais.
Metodologia
A metodologia de avaliação é uma das mais modernas do Brasil e no mundo, estando chancelada pela União Brasileira para a Qualidade (UBQ), pelo Governo de Minas Gerais e pela Organização das Nações Unidas (ONU). No último ciclo, o chefe de Comunicações da Divisão de Desenvolvimento Sustentável do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (Undesa), Nikhil Chandavarkar, entregou pessoalmente o certificado de chancela das Nações Unidas ao Prêmio, que foi convidado para apresentar sua metodologia durante a Rio +20.
Vale ressaltar que o PMGA tem seu modelo referencial disponibilizado na publicação “Critérios de Gestão para o Desempenho Ambiental”, metodologia fundamentada na implantação de ações em equilíbrio com as questões ambientais envolvidas e com os anseios da sociedade, na qual se aplicam oito critérios: liderança, estratégias e planos, sociedade, processos e resultados, todos interpretados segundo a ótica sistêmica e multidisciplinar das questões ambientais e da sustentabilidade.
Além disso, para conquistar o PMGA é preciso passar por três etapas: elegibilidade, onde são eliminadas as empresas com não-conformidades na área ambiental; avaliação dos relatórios de gestão e visitas técnicas às instalações; e júri, sendo que nesta etapa os nomes das empresas não são apresentados aos juízes, apenas suas notas e observações dos examinadores (todos os examinadores e juízes atuam voluntariamente). Estes juízes, em média 22 profissionais de destaque na sociedade, somente tomam conhecimento dos nomes das candidatas julgadas por eles após o encerramento do julgamento.
De acordo com o engenheiro, administrador e especialista em gestão e direito ambiental, Ronaldo Simão, superintendente executivo e idealizador do Prêmio, “o PMGA visa desencadear nas empresas mineiras um processo estruturado de busca da melhoria contínua de sua gestão ambiental de maneira a maximizar os resultados positivos de suas ações, gerando com isto, ganhos reais para a sociedade no que diz respeito aos valores ambientais, sociais, econômicos e culturais. É uma forma de despertar nas organizações a importância do cumprimento do seu papel no que diz respeito à sua responsabilidade de empresa cidadã. É como fazermos girar um círculo virtuoso, no qual todos se tornam conscientes do seu papel e da sua participação na construção de um mundo melhor para todos, inclusive, para aqueles que ainda virão”.