Fiscais, policiais e técnicos investigaram propriedades dentro da área de preservação ambiental. A represa passou a ser monitorada por satélite e drones.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) aplicou R$ 60 mil em multa após uma semana de fiscalização na represa Várzea das Flores, que fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A operação terminou na última sexta-feira (12/6) e o balanço divulgado na tarde desta segunda-feira (15/6).
Foram fiscalizadas mineradoras, residências e as intervenções feitas no reservatório. As principais infrações foram captação irregular de água, intervenção ilegal em área de preservação e lançamento de esgoto no solo. Vinte e cinco propriedades sofreram sanções de advertência, multa, embargo e suspensão de captação de água, de acordo com a gravidade da infração. Outras três propriedades são investigadas por desmatamento ilegal.
Tecnologia
Desde março, início do período de seca, a Várzea das Flores passou a ser monitorada. Com o auxílio de satélite e drones, a Semad foi capaz de identificar propriedades que faziam uso abusivo da água. A represa faz parte do Sistema Paraopeba, que alimenta a RMBH e, hoje, está com 38,1% da capacidade total. “Neste momento de escassez hídrica, é importante coibir ações contra o meio ambiente, em especial, aquelas que agridam os reservatórios. Nossa intenção é aumentar o fôlego das reservas para que o fornecimento não seja interrompido para a população”, afirma Diretor de Fiscalização dos Recursos Hídricos, Atmosféricos e do Solo da Semad, Gerson de Araújo Filho.
Área de Preservação
A Área de Preservação Vargem das Flores, onde a represa está inserida, foi criada em 2006 e possui 12,2 mil hectares de área. A várzea é contribuinte do rio Paraopeba, que pertence à bacia hidrográfica do rio São Francisco, uma das mais importantes do país.
Crédito: Oswaldo Afonso/Imprensa MG
Fiscal durante operação de fiscalização.