Foto: Eduardo Azevedo
Renata Maria de Araújo participou de painel sobre estratégias e desafios enfrentados pelos estados brasileiros na promoção de medidas integradas de sustentabilidade
O Estado de Minas Gerais marcou presença, na última quarta-feira (17), no 3° Encontro Nacional dos Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), sediado em Belém, no Pará. A entidade conecta mais de 2.500 governos em todo o mundo e tem como objetivo promover a troca de experiências entre as cidades brasileiras, propondo caminhos rumo ao desenvolvimento urbano sustentável.
O tema do evento deste ano foi "Protagonismo dos Governos Locais e Regionais na Agenda Climática". Representando a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a superintendente de Qualidade Ambiental e Mudanças Climáticas, Renata Maria de Araújo, participou de um painel sobre as estratégias e desafios enfrentados pelos estados brasileiros na promoção de medidas integradas de sustentabilidade.
Como primeiro Estado da América Latina e Caribe a aderir à Campanha Race to Zero para neutralizar emissões líquidas de carbono até 2050, o Governo de Minas apresentou as ferramentas utilizadas no cumprimento das metas.
"Para conseguir atingir o objetivo, nós temos que buscar incentivar a redução de emissões e o aumento do estoque de carbono, além de proporcionar um contexto socioeconômico no estado para que o setor produtivo também consiga fazer o mesmo", pontuou Renata.
Ferramentas
Uma das importantes medidas do Governo de Minas foi a atualização do 4° Inventário Estadual de Emissões e Remoção Antrópica de Gases de Efeito Estufa (GEE), elaborado em parceria com o ICLEI e a CDP Latin America. O inventário proporciona um diagnóstico para identificar quem são os principais atores emissores de GEE e quais são os gases emitidos.
Atualmente, Minas está na 3ª fase do cumprimento de metas do Race To Zero, que tem como objetivo monitorar a evolução da implementação das 199 metas do Plano Estadual de Ação Climática (PLAC).
Para isso, o Estado vai contar com a calculadora Mensuração/Monitoramento, Relato e Verificação (MRV) Climático. A ferramenta mostra a evolução na trajetória de mitigação dos GEE, além de auxiliar no monitoramento e aumento da resiliência territorial em face a eventos climáticos extremos.
"Esse é o cerne da política pública na agenda climática. Não adianta só tratar do eixo da mitigação se também não pensarmos em um território mais resiliente para evitar não só as perdas econômicas, mas também sociais, levando em conta os eventos climáticos extremos, os desconfortos térmicos, a população em situação de rua, as comunidades em áreas de risco, entre outras condições", finalizou Renata.
Luiz Fernando Motta
Ascom/Sisema