Uma ação preventiva de orientação pretende informar e sensibilizar os moradores da região norte de Minas Gerais acerca da caça, do comércio ilegal, da exploração de espécies da fauna silvestre e dos crimes ambientais relacionados a essas práticas. A blitz educativa acontece nos dias 5 e 6 de outubro, nas rodovias BR 135, BR 251, BR 365 e BR MG-308, em Montes Claros.

 

Na ação, motoristas, passageiros e pedestres receberão orientações sobre a caça, guarda ilegal e o tráfico de animais da fauna silvestre, além de outras informações e dúvidas da população sobre o tema.

 

No local da abordagem será montada uma pequena exposição com gaiolas, redes, lanças e outros materiais utilizados na caça ilegal para que as pessoas possam conhecer os apetrechos usados na prática ilegal. Também serão distribuídos panfletos, folders orientativos, lixeiras e adesivos para carros.

 

“Essa ação preventiva tende a fortalecer a relação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e os cidadãos, facilitando e aumentando a divulgação de informações sobre a caça, a guarda e o comércio ilegal de animais silvestres”, disse o Superintendente de estratégia e fiscalização ambiental da Semad, Marcelo da Fonseca.

 

Ele destaca ainda que, por meio da informação e sensibilização da população é possível gerar atitudes ambientalmente corretas, podendo minimizar as autuações que envolvem a fauna silvestre na região.

 

Tráfico de animais

 

O tráfico de animais silvestres é uma atividade de alta lucratividade no mundo. Neste cenário, o Brasil, por possuir uma extensa biodiversidade, tornou-se um grande atrativo para prática deste ilícito. Além dos danos irreparáveis à natureza, com ameaça de extinção de várias espécies, outro grave problema é a crueldade a que os animais são submetidos. De acordo com relatório da Renctas, organização não governamental que luta pela conservação da biodiversidade, 90% dos animais são mortos ou torturados no processo compreendido entre a captura e o transporte até o destinatário final.

 

O Chefe de Fiscalização da Fauna da Semad, Daniel Colen, explica que o norte de Minas Gerais é apontado como uma das principais rotas para o comercio ilegal da fauna silvestre, com destaque para as cidades de Montes Claros, Januária e São Francisco. “Essa ação preventiva tem um papel fundamental no sentido de investir em ações educativas a fim de levar informações claras e precisas, além de sensibilizar e envolver de forma individual e coletivamente a comunidade local acerca de temas ambientais, promovendo a conscientização e a prática, por parte da população, de ações efetivas de proteção e preservação do meio ambiente”, ressaltou.

 

A ação é realizada pela Superintendência de estratégia e fiscalização ambiental, por meio da diretoria de fiscalização dos recursos faunísticos e pesqueiros e da diretoria de estratégia em fiscalização. A blitz conta, também, com o apoio da Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito da Polícia Militar de Meio Ambiente.

 

Curso

 

Durante os dias 3 e 4 de outubro, técnicos que participarão da blitz orientativa estarão reunidos, também em Montes Claros, na 4ª Capacitação em Fiscalização da Fauna. O objetivo do treinamento é capacitar os fiscais lotados nos Núcleo de Fiscalização, Núcleo de Denúncias e Controle Processual, Núcleo de Cadastro e Registro da Semad, regional do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Polícia Militar, em Montes Claros, nos assuntos relacionados ao uso irregular da fauna silvestre nativa.

 

No curso serão tratados temas específicos como os procedimentos e técnicas necessárias para a execução de ações, biologia e identificação de avifauna, conhecimento sobre gestão de criadores de passeriformes silvestres (Sispass) e sobre os centros de triagem de animais Silvestres (Cetas), além da identificação de fraudes em anilhas de passeriformes.

 

 

Crédito: Acervo Semad

Técnicos serão orientados sobre a identificação de fraudes em anilhas

 

O curso será coordenado pela diretoria de recursos faunísticos e pesqueiros da Semad e terá a participação do IEF e das polícias Militar Ambiental e Polícia Federal.

 

Milene Duque
Ascom/Sisema