crédito: Ingrid Baó/Sisema
A secretária Marília Melo sugeriu reunião bimestral em 2023, envolvendo todas as entidades interessadas em Minas Gerais.
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, se reuniu, nesta terça-feira (27), com representantes de 16 Organizações Não Governamentais (ONGs) ambientais. A reunião ocorreu a pedido das entidades e teve como foco a criação de uma federação das ONGs, como forma de ampliação e fortalecimento da participação dessas entidades em decisões que envolvem o meio ambiente em Minas Gerais.
O encontro ocorreu na Cidade Administrativa e contou com a participação de representantes do Sistema de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos (Sisema). Na oportunidade, a secretária ressaltou as principais entregas dos órgãos no ano de 2022, além de apontar desafios e melhorias para o ano de 2023.
Os representantes das organizações pediram à secretária apoio do Governo de Minas para a criação de uma federação das entidades, para que a pauta ambiental possa avançar de forma ainda mais participativa e técnica.
“Uma federação nos dará voz mais ativa. Há ONGs que falam por nós sem nos representar. Por isso, é necessário contar com esse apoio para ampliarmos nossa participação, viabilizando uma unificação dos diálogos”, comentou o presidente da Associação Ambiental e Cultural Zeladoria do Planeta, Fernando Benício.
A proposta, segundo Fernando, é formar um sistema no qual todas as entidades possam ser ouvidas, “sem que nenhuma delas seja dona da verdade”. “Queremos que essa união das ONGs tenha uma intenção propositiva, colocando o ser humano no centro das discussões. Iremos avaliar as decisões tomadas, identificando pontos de atenção e sugerindo soluções”, disse.
Reuniões bimestrais
A secretária Marília Melo sugeriu, como um dos primeiros passos para atender ao pedido, a reunião bimestral ampla, envolvendo todas as entidades interessadas em Minas Gerais. A finalidade é, por meio de um encontro híbrido (on-line e presencial), discutir a melhor forma de o Estado ajudar nessa construção.
“O compromisso do Governo de Minas é ampliar e fortalecer, cada vez mais, a participação social nas decisões ambientais. Minas é precursora nisso com a participação da sociedade e entidades em conselhos, como é o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). O nosso objetivo é avançar, garantindo, sempre, a pluralidade de opiniões”, comentou a secretária.
Além da ampliação da participação das ONGs, na pauta foram debatidas questões relacionadas à normatização dos conselhos, pedido de vistas, capacitação de conselheiros, entre outros. As ONGs representadas são Associação ambiental e Cultural Zeladoria do Planeta, Instituto Lixo Zero, Instituto Espinhaço, Arca de Noé, Instituto Roque Camello, Instituto Heleno Maia da Biodiversidade, Pró mutuca, AEB 88, Instituto Crescer e prosperar, ONG Ararás, CREADS, ONG Sementinhas, ONG Taluana, Instituto Naila Motta, AMILIZ e ONG Ajuda.
Luciane Evans
Ascom/Sisema