Fotos: Divulgação/Semad
Intervenções realizadas no rio Doce que foram alvo da operação de fiscalização Watu
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais disponibilizou, em sua página da internet, os resultados da 6ª fase da Operação de Fiscalização Watu, que avalia as ações de recuperação que estão sendo realizadas na parte mineira da Bacia do Rio Doce. As medidas vêm sendo executadas após o rompimento da Barragem Fundão, em Mariana, na região do Quadrilátero Ferrífero, ocorrido em novembro de 2015.
A operação aconteceu de 3 a 6 de julho de 2018 e observou, dentre outras ações, as medidas previstas nos Planos de Manejo de Rejeito, que são os instrumentos que estabelecem as diretrizes gerais para a recuperação definitiva das áreas atingidas pelo vazamento proveniente da Barragem de Fundão, de propriedade da empresa Samarco. “A Fundação Renova deverá continuar com a implementação das intervenções, respeitando os projetos executivos apresentados ao órgão ambiental”, afirma a diretora de Gestão da Bacia do Rio Doce da Semad, Patrícia Rocha Maciel.
A Fundação Renova é a organização criada para cuidar das ações de recuperação no rio Doce. Patrícia Rocha explica que o estudo será encaminhado à Fundação Renova para que sejam tomadas as devidas providências. “Os órgãos e entidades que compõem o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) continuarão realizando o monitoramento dos trechos prioritários e não prioritários”, explica.
Localização dos trechos prioritários e não prioritários de recuperação ambiental, acompanhados pela Operação WATU
O relatório traz informações sobre as intervenções de recuperação que a Fundação Renova está realizando, enfatizado os pontos que se encontravam com algum tipo de problema ou que necessitavam de atenção. Entre os pontos assinalados pelos técnicos da Semad está a presença de animais em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e também ineficiência ou danos nas estruturas das obras de recuperação, dentre outros aspectos.
Entre as ações, as equipes do Sisema identificaram a necessidade de estabilização de rejeito em trechos ao longo do Rio Gualaxo do Norte com a realização de obras de drenagem. Em alguns pontos, foi identificado que o rio levou parte dos enroscamentos da margem, exigindo manutenção. Também haverá necessidade de reconstrução topográfica e revegetação em outros pontos.
Em outro trecho, já no Córrego Camargos, houve refluxo da lama de rejeitos e uma cachoeira bastante utilizada pela população local terá de ser desassoreada, bem como o poço. Segundo o relatório, em diversas margens dos cursos d´água, pode-se observar o crescimento da vegetação.
Os trabalhos de restauração na calha principal do Rio Doce são fiscalizados pelos órgãos que compõem o Sisema nas operações denominadas Watu. Já o monitoramento da restauração ecológica nos tributários atingidos pelo rejeito de minério de ferro é feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que realiza as operações Áugias.
As obras de recuperação nos trechos foram iniciadas em 2016 e a primeira Operação WATU, denominada de Fase I, foi realizada em novembro de 2016. A segunda fase foi realizada em dezembro daquele mesmo ano. Em maio de 2017, o Sisema realizou a Fase III e, em agosto, a Fase IV. A quinta fase teve início em março de 2018.
Os resultados de todas as fases das Operações Watu estão disponíveis na internet, na página da Semad, no endereço https://bit.ly/2Qegtmo
Emerson Gomes
Ascom/Sisema