Realizar treinamentos permanentes para seus membros, investir na capacitação para a captação de recursos financeiros e aperfeiçoar as ferramentas de educação ambiental e mobilização social. São essas algumas das linhas de ação propostas esta semana durante evento que reuniu membros do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio das Velhas e de seus subcomitês, além de representantes do Projeto Manuelzão e da Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias Hidrográficas - AGB Peixe Vivo, entidade autorizada a atuar como Agência de Bacia.
O encontro foi resultado de uma série de estudos realizados pelo Projeto Marca D'água, que pesquisou 50 Comitês de Bacia no Brasil, quatro deles em Minas Gerais, com o apoio do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). Além do Comitê do Velhas, participam do projeto os CBH's dos rios Araçuaí, Santo Antônio e Paracatu.
Segundo a coordenadora do projeto, Beate Frank, o objetivo das reuniões é promover a auto-avaliação dos Comitês, para que, a partir desse diagnóstico, sejam desenvolvidas propostas que servirão como base para a elaboração de projetos. "Em muitos Comitês, não existe uma metodologia específica para esse trabalho. A nossa idéia é fortalecê-los com essa colaboração", afirma.
Para ela, a participação do Igam tem sido fundamental para os resultados do projeto. "Percebe-se um grande entusiasmo no Estado, e isso se deve, em muito, ao apoio do Igam. Os comitês de Minas têm pedido o acompanhamento do projeto, o que mostra interesse e envolvimento", avalia a pesquisadora.
Segundo a diretora de Gestão de Recursos Hídricos do Igam, Luiza de Marillac, as reuniões são fundamentais para a o planejamento dos CBH's. "Com esse trabalho estamos buscando melhorar a estrutura dos Comitês. As reuniões podem contribuir para colocar todos os Comitês de Minas no mesmo patamar de fortalecimento", conclui.
De acordo com o presidente do CBH Velhas, Rogério Sepúlveda, as propostas serão de grande importância para incrementar os planos de atuação do Comitê. "Esses estudos podem vir a ser incorporados, atualizar nossos projetos e ainda ajudar na aproximação do Comitê com as comunidades da bacia", afirma. Segundo ele, a elaboração dos projetos ficará sob responsabilidade da AGB Peixe Vivo e do Projeto Manuelzão.
Ainda como resultado do encontro, foram listadas propostas como a criação de um banco de dados da Bacia, o aperfeiçoamento dos canais de comunicação interna e externa, a consolidação da ABG Peixe Vivo e a busca por uma maior integração com o poder público.
Além da coordenadora Beate Frank, pesquisadora da Universidade Regional de Blumenau - SC, a equipe do projeto Marca D'água é formada por Maria Manuela Moreira (Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente), Inês Zatz (Consultora de Recursos Hídricos em Brasília), e Graciane Pereira (Escola Agrotécnica Federal de Rio do Sul - SC).
Fonte: Ascom /Sisema
