O Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM em conjunto com a Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais -COPASA, Agência Nacional de Águas – ANA e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM instituíram uma rede integrada de monitoramento de qualidade das águas e sedimento. O objetivo da rede é integrar os dados gerados por estas instituições para garantir maior abrangência na avaliação e transparência dos impactos gerados pelo rompimento da barragem no Ribeirão Ferro e Carvão e no Rio Paraopeba.
O monitoramento da qualidade de água e dos sedimentos no Rio Paraopeba e tributários impactados pelo rompimento da barragem B1 do complexo da mina do Feijão se dará em um total inicialmente de 47 pontos, contemplando estações de monitoramento já existentes e outras emergenciais, integrando esforços das seguintes instituições: IGAM, COPASA e CPRM/ANA.
As instituições COPASA (3), CPRM/ANA (3) e IGAM (12) já realizam monitoramento rotineiro no rio Paraopeba, o qual será intensificado devido ao evento. Nos pontos definidos para a rede emergencial (16), o monitoramento será diário ou várias vezes por dia, por período indefinido, até quando se julgar necessário. A frequência do monitoramento será continuamente avaliada, pelas instituições envolvidas, conforme resultados obtidos e o deslocamento da onda de rejeitos. O início do monitoramento seguirá uma sequência de montante para jusante, à medida em que os rejeitos avancem ao longo do rio.
O monitoramento contemplará parâmetros básicos de qualidade de água (temperatura, Oxigênio Dissolvido, turbidez e pH), a série de metais, além de concentração de metais nos sedimentos.
Ainda com respeito ao monitoramento, são propostos 29 pontos onde a CPRM monitorará geoquímica com frequência menor, sendo feitas duas campanhas espaçadas de aproximadamente 15 dias (identificados como CPRM-GQ no mapa em anexo). Serão coletadas amostras de sedimento de fundo e água superficial. O propósito desse monitoramento é comparar os dados geoquímicos coletados com aqueles anteriores ao desastre.
O monitoramento emergencial abrangerá o trecho diretamente afetado pelo rompimento da barragem até a jusante até o reservatório da UHE Três Marias.
Cabe salientar que os dados históricos de monitoramento do IGAM no rio Paraopeba apontam para valores médios de turbidez de 87,16 UNT, cerca de 20 km a jusante do acidente. A medição realizada pela COPASA no dia 26/01/19 às 8h no local de sua captação, a 19km a jusante do acidente, resultou em 63.700 UNT, enquanto às 16h30 a turbidez foi de 34.220 UNT.
Em função do auto de fiscalização lavrado pelo SISEMA no dia 25 de janeiro de 2019, a Vale apresentou uma proposta à SEMAD com um conjunto de 29 pontos de monitoramento.
Os anexos mostram a localização dos pontos de monitoramento, com detalhe para a região mais próxima ao acidente.
Anexo 1 – Mapa geral dos pontos de monitoramento desde o local do acidente até Três Marias
Anexo 2 – Mapa dos pontos de monitoramento da área diretamente afetada
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