Foto:Edwaldo Cabidelli
A diretora-geral do Igam, Marília Carvalho afirmou que o estudo visa o aprimoramento da gestão hídrica do estado
O estudo teve início em janeiro de 2019 e deverá ser finalizado dentro de um ano, sendo apresentado integralmente às entidades participantes em janeiro de 2020. A regionalização de vazão é uma técnica utilizada para suprir a carência de informações hidrológicas em locais com pouca ou nenhuma disponibilidade de dados, sendo considerada uma ferramenta de suma importância no gerenciamento dos recursos hídricos.
O estudo elaborado por meio de parceria firmada entre o Igam, a UFMG e Agência Nacional de Águas (ANA) irá estabelecer condições para implementação da outorga sazonal, antiga demanda do setor que irá garantir, entre outras coisas, a oferta hídrica nos períodos de chuva, além do aprimoramento de todo processo de outorga praticado no Estado.
O último Estudo de Regionalização de Vazões realizado no Estado de Minas Gerais foi desenvolvido pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em 1997. O novo estudo pretende atualizar as informações levantadas pela Copasa há quase 20 anos, fornecendo subsídio para a análise técnica dos processos de outorga e direito de uso das águas no Estado.
REFERÊNCIA NACIONAL
O estudo conta com recursos federais da ordem de R$ 1,3 milhão, obtidos por meio da ANA e repassados à Universidade. Além de avaliar a disponibilidade hídrica das bacias hidrográficas do Estado, o estudo pretende estabelecer uma vazão de referência com base mensal, necessária para a definição da outorga sazonal. Este formato de estudo, referenciado mensalmente, é inédito no Brasil e oferece um panorama muito mais completo dos períodos do ano com maior demanda e oferta de água.
Para a diretora-geral do Igam, Marília Carvalho, que esteve presente na reunião, a implementação da outorga sazonal e outras medidas que o estudo traz visam o aprimoramento da gestão hídrica do estado. “Pretendemos também, a partir deste estudo, reduzir o conflito pelo uso da água em regiões críticas do Estado, como Norte, Noroeste e Triângulo Mineiro”, afirmou.
Edwaldo Cabidelli
Ascom/Sisema