Foto: ALMG/Divulgação
Renato Brandão apresentou o IMVC e o definiu como fundamental para a base das políticas públicas desenvolvidas pelo Governo de MG para o enfrentamento às mudanças climáticas
Considerado referencial para o enfrentamento das mudanças climáticas em Minas Gerais, o Índice Mineiro de Vulnerabilidade Climática (IMVC) foi apresentado nesta terça-feira (25/10) pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Sisema), em audiência pública, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O índice permite ao Estado identificar os desafios regionais frente às alterações do clima.
Representando a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, o presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), Renato Brandão, apresentou o IMVC e o definiu como fundamental para a base das políticas públicas desenvolvidas pelo Governo de Minas para o enfrentamento às mudanças climáticas. “O índice uma junção de três indicadores: sensibilidade, capacidade de adaptação e exposição. O índice final das regiões é a média desses indicadores”, explicou Renato.
Os dados mostram que, em relação à sensibilidade, cerca de 68% dos municípios têm sensibilidade alta ao clima, sendo 5% com sensibilidade muito alta. A exposição muito alta e extrema encontra-se concentrado no Norte de Minas e no Jequitinhonha. Ao todo são 102 municípios em Minas Gerais com esses níveis de exposição, onde há cerca de 2 milhões de habitantes.
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COP27
Essas informações, que traçam o retrato de como as cidades estão vulneráveis às mudanças climáticas em Minas, auxiliam, de acordo com Renato Brandão, nas políticas públicas que estão em desenvolvimento no estado para o enfrentamento das alterações climáticas e seus impactos econômicos, sociais e ambientais.
Uma dessas ações, conforme destacou Renato Brandão, é o Plano Estadual de Mudanças Climáticas de Minas Gerais que será lançado ainda em novembro, pelo Governo de Minas, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), entre os dias 6 e 18 de novembro, no Egito.
Durante a audiência, Renato apresentou alguns resultados preliminares do plano e disse que, durante a COP27, o Estado mostrará seu planejamento para reduzir os gases de efeito estufa em Minas até 2050, minimizando, assim, os impactos das alterações do clima nas cidades mineiras.
RECURSOS HÍDRICOS
O diretor-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marcelo Fonseca, também presente na audiência, destacou ainda a elaboração do Plano Mineiro de Segurança Hídrica, que também será lançado em breve e trará benefícios para a gestão hídrica de Minas, por meio de ações de conservação, recuperação, manejo e uso sustentável dos recursos naturais, em especial a água, associadas a mobilizações socioambientais e de revitalização, como: obras de saneamento; reflorestamento; recuperação de áreas de proteção permanente e recarga; recomposição da cobertura vegetal; entre outros.
ASSEMBLEIA FISCALIZA
A audiência pública foi realizada a requerimento da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da ALMG, no âmbito do Fiscaliza Mais 2022. Trata-se de uma iniciativa do parlamento mineiro a qual consiste em um conjunto de atividades das comissões da Assembleia para o acompanhamento intensivo de determinados temas de políticas públicas desenvolvidas pelo Estado.
Luciane Evans
Ascom/Sisema