Foto: Divulgação/Igam
As plataformas serão instaladas pelo Igam nos rios Manhuaçu e Caratinga, na bacia do Rio Doce
Duas Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) para monitoramento de vazão de cursos hídricos serão instaladas pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) nos Rios Manhuaçu e Caratinga, ambos da Bacia do Rio Doce. As PCDs são fruto de um Termo de Compromisso Ambiental (TCA) firmado entre o Igam e a Sociedade Empresária Celulose Nipobrasileira SA – Cenibra, como forma de compensação ambiental. As plataformas serão entregues pela Cenibra em até 120 dias e vão permitir uma melhor gestão das vazões.
O monitoramento da quantidade de água vai trazer mais segurança para os usuários de recursos hídricos da bacia, pois eles poderão saber, com certa antecedência, se haverá escassez ou excesso de água no trecho monitorado. “Esse conhecimento vai proporcionar identificar o regime de vazões em tempo real. Além disso, os órgãos gestores poderão alertar a população, principalmente a que se encontra a jusante das PCDs, sobre eventos extremos, cheias e secas”, afirma o analista ambiental do Igam, Heitor Soares Moreira, destacando o benefício gerado por meio da assinatura do TCA.
O analista ambiental reforçou, ainda, que conhecer a sazonalidade de vazões do rio irá permitir uma gestão mais eficiente. “Essas informações podem ser utilizadas para informar a população sobre uma possível enchente e sua magnitude e também sobre a diminuição da quantidade de água, e estabelecer políticas de racionamento de uso”, explica.
Além disso, o aprimoramento do monitoramento fluviométrico na bacia vai possibilitar ao Igam, Defesas Civis e Comitês de Bacias Hidrográficas um gerenciamento de risco hídrico. “Essas informações são tão relevantes que podem evitar perdas de vida humana, econômicas e agravamento de problemas sociais”, afirma Heitor.
O Termo de Compensação Ambiental
O TCA assinado entre a Cenibra e o Igam é proveniente de outro acordo assinado em 2009, quando a empresa Cenibra não conseguiu cumprir 100% da formalização de 600 processos de outorgas e o monitoramento da qualidade de água do Rio Doce.
Como forma de compensação, foi firmado um novo TCA, que determina a entrega das PCDs como contrapartida por parte do primeiro acordo não cumprido.
Wilma Gomes
Ascom/Sisema