Segundo o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Ilmar Bastos Santos, a Lei Federal 9433/97, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, estimulou a formação dos Comitês e possibilitou à sociedade civil uma participação ativa, mas ainda é preciso avançar, principalmente no engajamento da sociedade. “Nós do poder público precisamos estar mais atentos à participação democrática da sociedade no processo de gestão das águas”, ressaltou.
Visão global dos problemas hídricos
De acordo com o presidente do comitê da Bacia hidrográfica do Rio das Velhas, Apolo Heringer Lisboa, a visão abrangente de que a água depende da natureza e a ampliação do sentido de ‘gestão das águas’ para ‘gestão ambiental das águas’ modifica as ações que envolvem os recursos hídricos.
Heringer ressaltou também que os municípios precisam se adequar à visão global e pensar em termos da Bacia Hidrográfica e não apenas nos problemas que envolvem o município. “Temos que pensar globalmente e agir localmente”, disse.
Danos ambientais
Cerca de 70 a 80% dos lagos e rios do planeta estão severamente impactados e cerca de 30% das espécies de água doce desapareceram. Os dados, apresentados pelo professor do curso de engenharia sanitária e ambiental do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, Millôr Godoy Sabará, levantou a séria crise que o planeta vive. “Estamos diante de um problema muito grande, um impasse de difícil solução”, afirmou.
Millôr Godoy afirmou que toda atividade humana causa danos ambientais mas que o homem precisa escolher aquela que traz menos prejuízos ao meio ambiente. Segundo ele o homem precisa encontrar alternativas urgentes para a preservação do meio ambiente.