Projeto envolve comunidades na recuperação do Córrego Itapirapuã

Notícia

Qui, 20 ago 2015


Um trabalho para recuperação do Córrego Itapirapuã está dando bons frutos no município de Itamarandiba, no Alto Jequitinhonha. A equipe do Regional do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e as comunidades ribeirinhas estão trabalhando em conjunto na recuperação das áreas de preservação permanente ao longo do curso d´água.

A primeira etapa foi sensibilizar os proprietários das áreas onde estão as nascentes que formam o Itapirapuã a aderirem ao projeto. Os técnicos do estão visitando os locais, realizando um pré-cadastramento das nascentes e propriedades para realizar um trabalho de recuperação destas áreas degradadas. 

Arquivo IEF

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Levantamento de nascentes no Córrego Itapirapuã

O segundo passo será a implantação de um viveiro na comunidade de Penha de França, em Itamarandiba que fornecerá as mudas que serão utilizadas na recuperação das áreas. Também serão construídas fossas sépticas para a retirada dos efluentes domésticos e resíduos sólidos que são despejados na bacia do Córrego.

Arquivo IEF
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Inauguração de fossa séptica

“As nascentes localizadas nas propriedades que aderem ao projeto recebem os cuidados necessários sendo cercadas e tratadas”, explica o gerente da Estação Ecológica Mata dos Ausentes, Clemente Francisco de Brito, unidade de conservação administrada pelo IEF que fica no município vizinho de Senador Modestino Gonçalves e local onde nasceu o projeto.

“A terceira etapa é de acompanhamento da situação das nascentes e da manutenção do trabalho nas propriedades que será feito por, pelo menos, 36 meses”, explica Brito. “Um dos pré-requisitos para a participação é o comprometimento com o projeto, o que é essência para o sucesso do trabalho”, completa.

O Itapirapuã

O Córrego Itapirapuã, nasce na região próxima a Serra do Ambrósio e a Serra dos Martins, nos povoados Salgadinho, Amaros e Penha de França. Ele é um dos mais importantes afluente do  Rio Itanguá.

Arquivo IEF
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Vista do rio Itapirapuã

Nos últimos 20 anos, o Córrego Itapirapuã diminuiu seu volume significativamente e a as águas se tornaram turvas. Isso se deve à forma como as pessoas utilizam o solo, deixando animais soltos que pisoteiam as margens dos cursos d´água, retirando as matas ciliares para produção carvão e realizando atividades de forma descontrolada, como garimpo, extração da areia e silvicultura.


Emerson Gomes
Ascom/Sisema