Um trabalho para recuperação do Córrego Itapirapuã está dando bons frutos no município de Itamarandiba, no Alto Jequitinhonha. A equipe do Regional do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e as comunidades ribeirinhas estão trabalhando em conjunto na recuperação das áreas de preservação permanente ao longo do curso d´água.
A primeira etapa foi sensibilizar os proprietários das áreas onde estão as nascentes que formam o Itapirapuã a aderirem ao projeto. Os técnicos do estão visitando os locais, realizando um pré-cadastramento das nascentes e propriedades para realizar um trabalho de recuperação destas áreas degradadas.
Arquivo IEF
Levantamento de nascentes no Córrego Itapirapuã
O segundo passo será a implantação de um viveiro na comunidade de Penha de França, em Itamarandiba que fornecerá as mudas que serão utilizadas na recuperação das áreas. Também serão construídas fossas sépticas para a retirada dos efluentes domésticos e resíduos sólidos que são despejados na bacia do Córrego.
Arquivo IEF
Inauguração de fossa séptica
“As nascentes localizadas nas propriedades que aderem ao projeto recebem os cuidados necessários sendo cercadas e tratadas”, explica o gerente da Estação Ecológica Mata dos Ausentes, Clemente Francisco de Brito, unidade de conservação administrada pelo IEF que fica no município vizinho de Senador Modestino Gonçalves e local onde nasceu o projeto.
“A terceira etapa é de acompanhamento da situação das nascentes e da manutenção do trabalho nas propriedades que será feito por, pelo menos, 36 meses”, explica Brito. “Um dos pré-requisitos para a participação é o comprometimento com o projeto, o que é essência para o sucesso do trabalho”, completa.
O Itapirapuã
O Córrego Itapirapuã, nasce na região próxima a Serra do Ambrósio e a Serra dos Martins, nos povoados Salgadinho, Amaros e Penha de França. Ele é um dos mais importantes afluente do Rio Itanguá.
Arquivo IEF
Vista do rio Itapirapuã
Nos últimos 20 anos, o Córrego Itapirapuã diminuiu seu volume significativamente e a as águas se tornaram turvas. Isso se deve à forma como as pessoas utilizam o solo, deixando animais soltos que pisoteiam as margens dos cursos d´água, retirando as matas ciliares para produção carvão e realizando atividades de forma descontrolada, como garimpo, extração da areia e silvicultura.
Emerson Gomes
Ascom/Sisema