Parque Estadual do Itacolomi celebra 52 anos de criação

Notícia

Ter, 25 jun 2019


Foto: Evandro Rodney

ITACOLOMI DENTRO  

Visitantes observam espécies encontradas na unidade de conservação

 

Apresentações de dança e música marcarão a solenidade em comemoração ao aniversário de 52 anos do Parque Estadual do Itacolomi, que será realizada no dia 30 de junho. A unidade de conservação, administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), está localizada na região do quadrilátero Ferrífero, em Ouro Preto e Mariana, e é uma das mais importantes do Estado.

 

O Parque Estadual do Itacolomi foi criado em 14 de junho de 1967, mas as celebrações se concentrarão no próximo domingo com a programação que terá início às 10h com a apresentação do grupo de dança Rosário de Ouro Preto. Às 11h será a vez da música de Mariana e de grupos de dança da cidade. À tarde, às 13h, a banda da Polícia Militar (AMOS) fará uma apresentação, seguida da Agremiação Zé Pereira dos Lacaios, de Ouro Preto, às 15h. Todas as atividades acontecerão no próprio Parque e a entrada é gratuita.

 

A gerente da unidade de conservação, Maria Lúcia Coimbra Cristo, explica que também será realizado o plantio de 52 mudas de árvores nativas em alusão aos 52 anos da criação do Parque. Está confirmada a presença do diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Antônio Augusto Malard, além dos prefeitos de Ouro Preto e Mariana.

 

Durante todo o dia, os artistas de Mariana farão uma exposição artística dos trabalhos dos integrantes membros da Associação Marianense dos Artistas Plásticos (AMAP). Os representantes da Associação também realizarão uma oficina na qual os presentes poderão admirar os trabalhos e vivenciar a experiência da pintura.

 

Maria Lúcia Coimbra Cristo conta que, recentemente, foi inaugurada uma nova atração para os visitantes do Parque Estadual do Itacolomi: a Trilha dos Sentidos. “Similar à que existe em outras unidades de conservação, a atração é uma trilha para oferecer ao visitante uma imersão profunda nos sentidos, potencializando-os, e também uma forma de criar uma empatia com os deficientes visuais”, explica.

 

A trilha leva os participantes, com os olhos vendados, a ter um contato mais próximo com a natureza, sempre com o auxílio dos monitores ambientais. Na experiência, os participantes têm a oportunidade de conhecer melhor os aspectos da fauna e da flora, explorando a biodiversidade da unidade de conservação.

O Parque

O Parque Estadual do Itacolomi possui uma área de 7.543 hectares de matas onde predominam as quaresmeiras e candeias ao longo dos rios e córregos. Abriga muitas nascentes, escondidas nas matas, que deságuam, em sua maioria, no Rio Gualaxo do Sul, afluente do rio Doce. Os mais importantes são os córregos do Manso, dos Prazeres, Domingos e do Benedito, o Rio Acima e o ribeirão Belchior.

 

A unidade de conservação abriga o Pico do Itacolomi que com seus 1.772 metros de altitude, era ponto de referência para os antigos viajantes da Estrada Real que o chamavam de “Farol dos Bandeirantes”. A palavra Itacolomi vem da língua tupi e significa “pedra menina”. Os índios viam o pico como o “filhote” da montanha ou “pedra mãe”.

 

O patrimônio histórico do Parque também abriga a Fazenda São José do Manso, que é um exemplar da arquitetura colonial deixado pelos bandeirantes em Minas. A antiga sede da fazenda, a Casa do Bandeirista, é o Centro de Visitantes do Parque e foi restaurada. Ela foi construída entre 1706 e 1708 e é uma das três amostras da arquitetura paulista em Minas Gerais, considerada por especialistas o primeiro prédio público do Estado, pois servia para cobrança de impostos e vigilância das minas. A edificação foi tombada em 1998.

 

Já a Fazenda do Manso foi um polo produtor de chá na primeira metade do século 20. O Museu do Chá abriga o maquinário alemão usado no beneficiamento do chá colhido nas lavouras da fazenda. O espaço também está aberto à visitação, no conjunto arquitetônico protegido pelo Parque Estadual do Itacolomi.

 

Emerson Gomes

Ascom/Sisema