Os grupos de trabalho foram divididos de acordo com os temas: investigação científica; conservação da biodiversidade; agrobiodiversidade; sociobiodiversidade e temas transversais. Na plenária final foram validados 23 problemas identificados, com a proposição de diretrizes e ações para cada problema.
O produto parcial da IV Oficina contou com a participação de representantes das regiões Norte, Noroeste e Alto Médio São Francisco e estará disponível na próxima semana no site do IEF: www.ief.mg.gov.br
Para o Chefe do Regional Alto Médio São Francisco do IEF, Mário Lúcio dos Santos, a realização das oficinas regionais é de fundamental importância. “Por meio das oficinas é possível dar enfoque aos programas que já executamos e que têm uma aderência ao Plano Estadual como o mosaico Grande Sertão Veredas do Peruaçu, além de dar visibilidade ao trabalho desenvolvido com as comunidades tradicionais da região”, disse.
Mário Lúcio ressaltou também que o Plano será um norte para o desenvolvimento de ações nos próximos anos. De acordo com ele, 60% da cobertura vegetal nessa região é nativa e, de um total de 5 milhões de hectares, 1,5 milhão tem algum grau de proteção. “Essa proteção gera, muitas vezes, conflitos com as comunidades locais e, por isso, é importante discutir a inclusão dessas comunidades no processo de gestão das unidades de conservação, conforme ocorreu no Projeto Pandeiros, quando a comunidade foi engajada por meio da implantação de ações socioambientais, com vistas ao desenvolvimento sustentável”, frisou.
O chefe do Escritório Regional Noroeste, Afonso Boaventura, destacou a necessidade das discussões regionais. “O Noroeste é uma região que possui uma atividade agropecuária muito forte, além de uma vegetação nativa bastante expressiva na região das sub-bacias dos rios Paracatu e Urucuia. Em função disso, essa oficina vem dar base para que possamos preservar e proteger esse patrimônio ambiental, além de possibilitar a proposição de novas unidades de conservação na região”, ressaltou.
Para a professora da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Yule Roberta, a oficina oferece a oportunidade de trazer para o Plano a realidade vivida na região. “A dinâmica das oficinas é muito boa. Nossa expectativa é que o Plano seja consolidado e aplicado efetivamente, dando diretrizes e subsidiando as decisões do Estado”, afirmou.
No total serão realizadas, até setembro de 2013, dez oficinas regionais. As três primeiras oficinas aconteceram em Divinópolis, Caetanópolis e Diamantina. A próxima acontece nos dias 08 e 09 de maio em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.