Livro destaca trabalho de proteção ambiental e histórica de Aredes, em Itabirito

Notícia

Seg, 23 jan 2017


O livro “Aredes - recuperação ambiental e valorização de um sítio histórico arqueológico” resgata a trajetória para proteção da área localizada em Itabirito, no centro-sul de Minas Gerais, hoje uma Estação Ecológica que tem o mesmo nome. A publicação foi lançada em dezembro e reúne informações e imagens do local que abriga vestígios importantes da vida no Estado no século XVIII.

 
 A obra foi organizada por Alenice Baeta e Henrique Piló, que também são autores de estudos na região da Serra da Moeda. A obra é de cunho interdisciplinar e envolve recuperação de áreas degradadas, recomposição florestal, história, arquitetura histórica, gestão de unidade de conservação e arqueologia.


 Dois capítulos do livro são de autoria de funcionários do Instituto Estadual de Florestas (IEF), instituição que administra a Estação Ecológica de Aredes. Um deles é do gerente da unidade de conservação, Luis Fernando Clímaco, que aborda os desafios para a criação e ações para preservação de Aredes. Já o geógrafo e arqueólogo do Intituto, Leandro Vieira da Silva, destaca o meio ambiente e o patrimônio arqueológico encontrado no local.


Foto: Janice Drumond
Leandro da Silva 02 - Foto Janice Drumond  DSC1158
O arqueólogo do IEF, Leandro da Silva


Leandro da Silva explica que o livro é fruto de um Termo de Ajustamento de Conduta mediado pelo Ministério Público de Minas Gerais entre o IEF e uma empresa mineradora. “A Estação Ecológica de Aredes foi criada para proteger o patrimônio histórico encontrado na área que é datado do século XVIII e está situado nas antigas terras de Itabira do Campo, hoje denominado Itabirito”, observa. “O local era um importante núcleo minerador, entreposto e produtor de alimentos, devido a seu solo fértil, que é raro na região”, destaca.

     

 A unidade de conservação também é local de uma bem sucedida experiência de recuperação da vegetação. “A área foi muito explorada pela mineração nos séculos anteriores e quando foi criada a Estação teve início um trabalho de recomposição da flora que teve muito sucesso nas áreas de Mata Atlântica e Campos Rupestres que são encontrados na unidade de conservação, explica Leandro da Silva.

     

 A Estação Ecológica de Aredes foi criada em junho de 2010 e ocupa 1157 hectares. Ela é uma das 91 unidades de conservação estaduais que garantem a proteção de 2,3 milhões de hectares nos três biomas encontrados em Minas Gerais: Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.

     

 O livro ‘Aredes - recuperação ambiental e valorização de um sítio histórico arqueológico’ está disponível para consulta na biblioteca do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), na rua Espírito Santo, 495, 5º andar, no Centro de Belo Horizonte.

 

    Emerson Gomes
    Ascom/Sisema